A diferença entre limites: limites a ampliar vs limites a respeitar

A qualidade da resposta de um indica o tamanho do conhecimento que ele tem. Indicar melhores que não incluem os melhores indica a limitação da avaliação. Quem conhece mais reconhece a limitação do outro. Quem conhece menos, sem parâmetro, se pauta pelo limite do outro, ele próprio limitado - e permanece enganado, por muito ou pouco tempo, ignorando o que está à sua frente. Os inteligentemente curiosos, ávidos por conhecimento, têm aí grande vantagem. Não páram, não se limitam, não se engessam, não se restringem ao que os outros já disseram, estão sempre querendo ultrapassar os limites do que sabem. Assim a humanidade progride.

Limites são linhas que separam conhecimento. Mas limites são também linhas que separam tempo, território, pessoas e comportamento de pessoas (cultura).

E o jogo muda quando falamos em tempo, território e comportamento. Prazos estourados geram caos em cronogramas. Territórios invadidos geram caos territorial. Comportamentos inaceitáveis geram caos social.

Em termos de comportamento, limites permitem a convivência e o progresso social. Cada território com fronteiras (estados, países, continentes) tem seu conjunto estabelecido de limites ou leis definidas de acordo com o nível de conhecimento do território. Quanto mais avançada a cultura do território é e quanto mais conhecimento o território tem, mais justas são/serão as suas leis.

As leis são os limites para o comportamento social e têm como propósito preservar o progresso do território e a boa convivência das organizações e das pessoas. Estes são limites que devemos respeitar.

Pelo respeito à lei, pelo respeito ao próximo e pela educação recebida em toda a vida, o comportamento de cada pessoa tem limites. Observar estes limites é fácil para uns e difícil para outros. Quanto mais irresponsável é o ego de uma pessoa, menos atenção é dada aos limites que ela própria deve observar. Quanto mais irresponsável, egoísta e manipulador alguém é, menos limites se auto-atribui e aos seus próximos, desrespeitando a ordem e o progresso social.

Quem ignora limites no comportamento, o ignorante comportamental, não enxerga a sua própria ignorância. Aponta o dedo da culpa nos outros, a quem atribui a ignorância que ele não vê que tem em si. Até o momento do limite abrupto que cedo ou tarde lhe chegará, recusa-se, delira e não consegue enxergar que limite maior tem aquele que não admite limites comportamentais...