Profissionalismo e simpatia = diferença

Paul McCartney deu 2 shows no Recife neste final de semana e Pernambuco viveu um clima de carnaval misturado com a ansiedade e alegria de um fã-clube do tamanho de um estado. Os Beatles embalaram muitos de nós, acompanharam muitos dos nossos momentos históricos, serviram de modelo em várias fase da banda e depois que já haviam se separado. Entre eles, Paul era o que parecia mais "feliz": virtuoso, inteligente, bonito, simpático, bem casado, tranquilo.. O que era então, continua. Aos quase 70 anos, ele "encantou" os pernambucanos e brasileiros que estavam no estádio do Arruda para vê-lo - e para cantar, dançar e se emocionar com ele. Não só pela lenda e legenda viva que ele é, mas pela entrega do seu produto (o show) com:

- pontualidade: o show começou às 21:35 horas, apenas 5 minutos depois do horário divulgado;
Paul com a bandeira de Pernambuco, em foto de @fredfigueiroa, 21/4/12
contextualização: além dele agradecer a Recife e a Pernambuco várias vezes (ele pareceu curtir muito a fonética dos nomes),  o público foi à loucura nos momentos em que ele nos chamou de "povo arretado" (expressão em "pernambuquês" que significa povo fantástico) e entrou no palco para o segundo bis segurando a bandeira de Pernambuco (e no segundo show ele ainda falou que aqui era a terra de de Luiz Gonzaga)! Nesses momentos de foco nos regionalismos, ele nos deixou simplesmente - e completamente - encantados...  
- escopo/extensão: o show durou praticamente 3 horas, em uma sequência bem ordenada de sucessos calmos e dançantes das várias fases de produção musical de Paul. O YouTube tem vários vídeos da audiência sobre o show de sábado, um deles está aqui;
- qualidade com consistência: Paul McCartney já compôs músicas suficientes para horas e mais horas de show. Ele compõe em  quantidade e com grande qualidade há décadas e produz sucessos em série, "com consistência". O vídeo a seguir, de uma das suas músicas mais novas, foi mostrado nas telas do palco enquanto ele a cantava ao vivo. Pela alta consistência, não é à toa nem passageiro o sucesso mundial que ele tem tido;
- alegria e simpatia pessoal: ele é genuinamente simpático e mostra isso. É certamente essa simpatia a causa dele se preocupar em contextualizar o que fala para os presentes. Ele realmente curte (o famoso "have fun"!) estar alí naquele momento e isso passa para a banda e para quem está está alí para vê-los - e cria uma corrente de simpatia e reciprocidade que dá ainda mais energia a quem está alí presente.

Pontualidade, contextualização, escopo e qualidade com consistência, acrescidos de alegria e simpatia pessoal, são também qualidades que nossos clientes procuram em nós e em nossas ofertas. Miremo-nos pois em Paul McCartney, que teve mais do que o suficiente nesses anos todos de sucesso "mundial" para se deixar levar pela fama, mas que é modesto e curioso para saber que o que nos diferencia é fazer o que fazemos com um misto de profundo profissionalismo e genuína simpatia..