Usa o problema para resolver o problema

Para cada problema a resolver, uso o próprio problema para resolvê-lo. Observo, disseco, detalho, desmembro, engenharizo. Não me preocupo em achar logo respostas para me tranquilizar, fundamental é ter o tempo e o discernimento concreto para entender o que ele (o problema) é, de onde vem, por que acontece, em que situações acontece, como evitar que estas situações aconteçam... Ir na causa, e não na consequência, tão importante isto é...

Mas, se olho para mim e para o lado, vejo que na vida (e na venda de software, não há como separá-las no nosso caso), há os que:
1. agem mecanicamente
2. procuram obter conhecimento para agir
3. aplicam o conhecimento obtido na ação 
4. vêem o problema em ação 
Tão bem-intencionados todos... Mas do não conhecer (1) ao conhecer (2), ao entender (3), ao enxergar/sentir (4),  há uma estrada de evolução sem atalhos, onde é necessária a atenta observação de si próprio (autoconhecimento) e do contexto (onde reside o problema). E para quem leu Ouspensky sobre Gurdjieff, sim, há aqui clara comunhão...

Fato é que:
4. para ver o problema, necessário é dormir e acordar com o problema em mente... combinar, acrescentar, cortar... abrir-se ao (ainda) desconhecido; investigar; investir; desapegar; destruir para aceitar, acolher e construir o novo
3. para aplicar o conhecimento, necessário é ter o conhecimento
2. para obter o conhecimento, necessário é parar de agir mecanicamente 

Para construir a solução necessária para o problema, necessário é estar atenta para ver e sentir o problema como se fosse meu, muito próximo de mim...