O seu ego está equilibrado?

Desequilíbrios levam a perdas, erros, frustrações. E um dos grandes desequilíbrios que podemos vivenciar é o desequilíbrio do ego. Tanto para menos como para mais.

Um sub ego (o desequilíbrio do ego para menos) faz com que o vendedor se sinta inseguro, menos afirmativo, menos confiável nas suas promessas e entregas. Um sub ego faz o vendedor sofrer a cada prospecção, a cada abordagem, a cada reunião, a cada negociação.

Um sub ego pode ser uma característica da pessoa ou uma consequência da falta de preparo para a atuação. Se for uma característica pessoal, merece carinho, atenção e ajuda profissional. Se for uma consequência da falta de preparo para a atuação, merece a decisão do vendedor de efetivamente se preparar para a função que atua, estudando com afinco tanto a tecnologia que vende como os segmentos dos clientes com/para quem atua.

Um super ego (o desequilíbrio do ego para mais) faz com que o vendedor se sinta completamente seguro, à vontade, dono da situação. Um super ego faz o vendedor não se preparar, não reparar as respostas que tem dos clientes, quebrar promessas sem nem perceber o dano que isso causará para os seus resultados. Um super ego tira a paciência do vendedor com rapidez e faz com que ele chegue a ser descortez, ríspido até, se o cliente não concordar com a sua abordagem ou proposta. Um super ego faz com que o vendedor entre em disputas às vezes explosivas com quem o desafia, seja cliente, associado ou fornecedor. Um super ego faz com que o vendedor perca de vista, de vez, a psicologia do cliente (não temos nós que "olhar através dos olhos dos clientes"?). Um super ego não faz o vendedor sofrer (ele está centrado demais nele mesmo para enxergar as consequências dos seus atos nos seus resultados), quem poderá sofrer é o cliente (ou associado ou fornecedor).

Um super ego pode ser uma característica da pessoa ou uma consequência de sucessos no passado. Se for uma característica pessoal, merece atenção e ajuda profissional. Se for uma consequência de sucessos no passado (reais ou, talvez, superdimensionados na memória), merece despertar imediato e a decisão do vendedor de focar no presente e na função que atua "aqui e agora", estudando com afinco a tecnologia que vende e os segmentos dos clientes para quem vende.

"Não aumente a sua voz, melhore os seus argumentos", dizia o pai de Desmond Tutu..

Nesse Dia de Páscoa (Feliz Páscoa a todos!), não aumentemos os nossos egos... Que o equilíbrio do nosso ego seja encontrado por todos e para sempre...