Há perdas que a gente percebe. Outras não..

Ninguém gosta de perder. Um negócio que é perdido, um cliente que é perdido, uma oportunidade que é perdida, um bem que é perdido... O que é perdido faz falta, dói, frustra na hora da perda e depois dela.

Há os que entendem e aceitam a perda e há os que não entendem e não aceitam a perda. Esses últimos, os que não entendem e aceitam a perda, sofrem mais - e perdem bastante tempo presente com mais frustração pelo passado, pelo que já foi perdido. Os que entendem e aceitam a perda sofrem menos: deixam-na para trás e já miram e trabalham em oportunidades presentes e futuras. Melhor para estes...

Mas há perdas que nem percebemos. São as perdas causadas pela lentidão. "Vou deixar isso para amanhã" é uma das causas. Ou "fulano de tal precisa me autorizar isso" e o fulano pensa "vou deixar isso para amanhã".. E o tempo vai passando.. E contatos não são feitos, decisões não são tomadas, ações não são realizadas, entregas não são efetuadas, mais negócios não são fechados...

Há ainda aqueles que pensam que responder com rapidez não é necessário. "Deixa ele esperar um pouco pela minha resposta" está por detrás disso. Ego, status? Sobrecarregado de trabalho? E a perda, despercebida, vai minando a capacidade destes de realizar, de entregar os resultados que os outros esperam dele.

Sempre digo nos cursos da Engenharia de Vendas que ministro, que meu sentimento é que perdemos tempo porque não queremos perder tempo. No afã de fazer mais com menos, fazemos menos e somos obrigados a repetir mais...

As perdas de tempo não entram na nossa contabilidade mental de perdas, mas se sucedem. Até que a perda real (negócios, clientes, oportunidades..) acontece... e nos pega de surpresa... Não deveria: se prestássemos atenção, veríamos que, entre as perdas despercebidas e percebidas, há uma simples - e direta - relação de causa e consequência...